domingo, 14 de abril de 2013

Atividade Física e obesidade


Atividade Física e obesidade
Nos últimos anos, as pesquisas médicas demonstram que boa parte da falta de saúde é causada pela falta de atividade física. Através da consciência e de mais informações à respeito de cuidados para com a saúde que inclui maior movimentação corporal, as pessoas estão mudando seus hábitos de vida.
Atividade física pode ser entendida como todo tipo de ação corporal que tire o corpo humano do estado de repouso. Desta forma, subir um lance de escadas, ir ao shopping fazer compras, varrer a casa, brincar ou qualquer outra atividade que promova o movimento do corpo humano é uma atividade física.
Porém, hoje, o homem goza de um modo de vida cada vez mais sedentário, pois já não é necessário gastar muita energia para realizar as tarefas do dia a dia. Mas esse modo de vida também proporciona o acometimento de diversas patologias, que antes não ocorriam com tanta frequência e/ou magnitude ou, até mesmo, nem existiam.
A incidência de casos de obesidade, doenças cardiovasculares e osteomioarticulares é crescente devido ao modo de vida contemporâneo, que oferece ao homem uma dieta desequilibrada e uma vida cada vez menos ativa fisicamente. A prática de atividades físicas organizada de forma coerente, sistematizada e com o propósito de melhorar ou desenvolver alguma capacidade ou qualidade física do ser humano é chamada de exercício físico e este só pode ser prescrito por profissionais de Educação Física.
Portanto, apenas fazer flexões ou barras, nadar ou ainda correr todos os dias até onde o corpo aguentar não é necessariamente um exercício físico. Muito pelo contrário! Ao invés de melhorar a saúde e a qualidade de vida, essas atividades feitas sem um acompanhamento adequado podem a curto, médio e longo prazo trazer prejuízos à vida de um indivíduo ao desenvolver algum tipo de problema ou agravar outro já estabelecido.
Pesquisas atuais apontam para uma grande tendência das crianças ao sedentarismo. Atividades como assistir televisão, jogar videogames, e aquelas relacionadas ao uso do computador, entre outras, são favoráveis ao aumento do sedentarismo na infância. A média de tempo semanal dedicado à atividade física seja na escola, no lazer, em atividades esportivas ou na locomoção é bem menor do que o tempo destinado a assistir à televisão, por exemplo.
Por outro lado, associado a esse fato temos observado um aumento no número de pessoas obesas. No Brasil, segundo os dados da Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV), coletados nas regiões Nordeste e Sudeste, em 1997, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (10), aproximadamente 12,2% das mulheres e 7% dos homens são obesos. De acordo com Kaufman (12), há no Brasil cerca de 3 milhões de crianças com menos de 10 anos de idade que sofrem de obesidade.
A principal preocupação está no fato de que a população de obesos dobrou, em relação há vinte anos, isto é, a obesidade não pára de crescer. O excesso de gordura corporal, outrora considerado um privilégio dos ricos, atualmente não tem sido associado, tão somente, a um problema estético, em desacordo com o padrão social, mas também relacionado a graves problemas de saúde.  
Não se sabe com precisão se a obesidade tem origem em fatores genéticos ou ambientais. Acredita-se que seja devida a ambos os fatores. É difícil afirmar que uma criança é obesa, porque seus pais também são obesos, quando toda a família possui hábitos inadequados, em relação à dieta e ao exercício físico.
Por outro lado, parece mais aceito que a ausência de atividade física e a dieta inadequada estão fortemente associadas à obesidade, já que a energia ingerida (consumo alimentar) e não gasta, normalmente implica acúmulo de energia, sob a forma de gordura, traduzindo em obesidade.
É necessário ver a prática de atividades e exercícios físicos como uma questão de saúde pública priorizando sempre a ludicidade sobre o esporte de competição, especialmente quando se tratar de crianças, pois a cobrança demasiada pode fazer com que peguem aversão à prática de atividades esportivas e físicas.
Hoje brincadeiras de rua como esconde-esconde, pega-pega, onde se queimavam muitas calorias quase não existem mais. As crianças ocupam menos o seu tempo com elas e conseqüentemente gastam menos energia já que tudo gira em torno do computador e do vídeo game. É importante que a criança relacione atividade física e saúde.
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência. Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, diabetes, cardiopatias e outras doenças, é o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. Prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações.

Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL - colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas.

Uma pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida.

Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.


1º A - Erisvando do Nascimento Pedro

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